quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

ESTREIA 9 DE FEVEREIRO DE 2010 NO INSTITUTO FRANCO-PORTUGUÊS


Elizabeth e As Águas Verdes do Pacífico é a junção de dois monólogos que se completam, de Philippe Minyana e Nuno Gervásio. É a palavra de duas mulheres em fusão, um emaranhado de questões existenciais subtis, escondidas na futilidade das histórias contadas, numa urgência extremamente forte, quase vital. É preciso contar tudo, é preciso expulsar tudo, e elas fazem-no sem pensar, sem ordenar, sem voltar atrás. E então, a palavra é cortada. Nada se resolve, nada se conclui verdadeiramente.
A história de duas mulheres, uma mãe e uma filha, que, em tempos diferentes, partilham o mesmo sonho: serem famosas.Duas mulheres nascidas sob o fatalismo que assombra o inconsciente da nossa cultura.
Duas histórias humanas, reais, que se completam, que se repetem. Um retrato de uma sociedade. É a palavra das pessoas, a sua crueza, exposição e nudez, em toda a força e violência que o real impõe, que queremos partilhar.


É sobre a vida humana, como matéria-prima do teatro, que queremos falar.




Ficha Artística:

Autores: Philippe Minyana e Nuno Gervásio
Direcção: Luísa Ortigoso
Interpretação: Maria Eduarda Dias
Tradução e adaptação: Maria Eduarda Dias
Desenho de Luz: Vasco Letria
Figurinos: Ana Brum
Produção: Royal Teatro Livre

Apoio Instituto Franco-Português
Primeira apresentação no ciclo "Novos Actores" do Teatro Municipal São Luíz.
MIT - Mostra Internacional de Teatro de Valongo
Festival Cabeças Falantes - Lisboa (brevemente)

Dia 11 de Fevereiro, 10% das receitas revertem a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro
Dia 13 de Fevereiro, 10% das receitas revertem a favor da Associação Amigas do Peito
Dia 20 de Fevereiro, 10% das receitas revertem a favor da Aministia Internacional - Direitos das Mulheres.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Mostra Internacional de Teatro de Valongo


O monólogo "Elizabeth" de Philippe Minyana, com interpretação de Maria Dias e encenação de Luísa Ortigoso esteve em cena na Mostra Internacional de Teatro de Valongo dia 21 de Novembro às 23h30.

Mais informações em http://www.entretantoteatro.pt/

domingo, 15 de março de 2009

LA STRADA


SinopseGelsomina é vendida pela sua mãe a Zampano, um saltimbanco que percorre o país apresentando o seu famoso número da corrente. Ela torna-se sua assistente e entre eles inicia-se uma relação muito peculiar. Ao longo das suas viagens o par vai cruzando diversas personagens caricatas, entre as quais O Louco, um equilibrista-filósofo-poeta, que adora provocar Zampano. A violência com que o Zampano lhe reage acabará por decidir o trágico destino destas personagens.
Uma peça de teatro trágico-cómica livremente adaptada do filme de Fellini, com cinco actores e música ao vivo.
Uma história sobre a condição humana, a vida dura dos artistas, a redenção e a possibilidade de mudança. Sobretudo, sobre a verdade do amor.

A peça
La Strada é uma adaptação livre desta história intemporal. O contexto da miséria do pós-guerra italiano é igualmente adaptado para a sociedade de hoje. Queremos que o público identifique essa realidade, se identifique, reconheça as personagens, relembre esta história, se torne nosso cúmplice.

Esta cumplicidade está também presente na escolha dos espaços de representação. Preferimos salas de teatro não convencionais, sem a separação provocada pela “quarta parede”. A peça passa-se na totalidade do espaço, ao lado dos espectadores, integrando-os no cenário, aproximando-os das personagens, da peça, do Teatro.

O cenário é marcado pela sobriedade, despojamento e simplicidade. A peça apoia-se sobretudo no trabalho dos actores. Para a construção das personagens partimos de observações da realidade. O facto de nos basearmos em pessoas reais liga-nos - à peça, actores e público - à vida actual.
A música pode ser tocada ao vivo e tem como base o tema original do Nino Rota para o La Strada, visto que é parte integrante desta história, servindo de ligação entre as cenas e as personagens, ou de contraponto, criando uma cumplicidade entre a memória de quem viu o filme e a peça.

O individualismo, típico das sociedades contemporâneas, é representado pelo ensimesmado Zampano. A sua rudeza, a aparente incapacidade de amar e o seu desejo de solidão, restringindo qualquer relação possível a um aspecto utilitário, levam-no à perdição. Contudo, a redenção é possível graças ao reconhecimento da sua própria situação, transmitindo uma mensagem de esperança e fazendo uma análise da vida actual e do comportamento humano.

O contexto da difícil vida de artista é aqui abordado propositadamente, visando criticar as duras condições que se vivem em Portugal nessa área.

Objectivos
Queremos falar daqueles que ali estão, dos seus encontros e confrontos, segredos e conflitos, e, simultaneamente, falar de pedaços da vida de todos nós. Não querendo ser moralizadores, não pretendemos apresentar um espectáculo vazio que seja pura diversão. Há uma profunda mensagem de esperança, um duro retrato da sociedade, perceptível entre a algazarra e a felicidade aparente do clima de festa que percorre toda esta história. Procuramos criar e formar novos públicos, e destacamos o papel transformador e positivo da mensagem transmitida.
Estreou na Comuna (Lisboa) em Março 2008; seguiu-se o Plano B no Porto, Tertúlia Castelense na Maia, Fábrica da Pólvora em Barcarena.

Ficha Artística:

Encenação: Luísa Ortigoso
Texto: Federico Fellini, Tulio Pinelli
Elenco: Gonçalo Lello, Maria Eduarda Dias, Tiago Aldeia, Helena Veloso, Joana Cotrim
Tradução, adaptação, dramaturgia: Maria Dias
Produção: Royal Teatro Livre
Música: Carlos Azevedo
Design: Hugo Colares Pinto


Reposição em 2010...